sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Missão Honduras

O editor e fotógrafo, Wilson Pedrosa conta como foi a viagem dele a Honduras

Na terça-feira (3) de agosto, o editor e fotógrafo, Wilson Pedrosa, esteve no IESB para contar como foi a viagem a Honduras e os detalhes da convivência com jornalistas, pessoas de outros países e com o presidente deposto do país, Manuel Zelaya.

Hoje no jornal “Estadão”, Pedrosa disse que estava na Colômbia quando foi chamado pelo jornal para ir para Honduras. “Procura a embaixada de Honduras e consegue um visto para ir para lá. O presidente Zelaya entrou na embaixada brasileira. Esquece o que você está fazendo na Colômbia que queremos você lá”, disse o fotógrafo, explicando como foi chamado para ir para Honduras.

Com o aeroporto de Honduras fechado, as alternativas para entrar no país eram por Nicarágua ou El Salvador. Optando por El Salvador, Pedrosa e a equipe selecionada pelo Estadão embarcaram para o país. O primeiro problema enfrentado pela sucursal foi o cancelamento dos veículos que levariam a equipe de carro a Honduras. Motivo: era muito perigoso atravessar a fronteira, pois o país vizinho já estava em estado de sitio.

Graças a um contato com uma das pessoas que ajudaram na viagem, a equipe conseguiu um acordo por 300 dólares para algumas pessoas os deixarem em Honduras. Primeiro, um carro os levou até a fronteira. Eles atravessaram o caminho a pé, pois o carro de El Salvador não poderia atravessar e pegaram outro carro já dentro de Honduras.

No caminho, eles encontraram com alguns personagens, camioneiros, uma mãe com filhos e outros querendo chegar a Honduras. Pedrosa foi apresentando diversas fotografias tiradas durante o caminho até Tegucigalpa, capital de Honduras.

Nas ruas da capital, diversas manifestações contra e a favor de Zelaya. Duas embaixadas eram fortemente vigiadas pela polícia, a do Brasil e a americana. Para entrar em contato com seus veículos de comunicação, muitos jornalistas utilizavam a estrutura de uma franquia de uma lanchonete americana que ficava próxima a embaixada brasileira. O serviço de wi-fi da lanchonete a transformou quase numa sala de imprensa.

Na embaixada, Pedrosa fez a maioria da reportagem, já que o repórter que estava junto com ele saiu dois dias depois. Quem saia da embaixada não conseguia voltar depois.

Histórias curiosas como o metal que o Zelaya colocou na janela do escritório para evitar radiações que viessem de fora, o porta-chapéus do Zelaya (um rapaz que carregava um chapéu para o presidente onde quer que ele fosse), o chapéu em cima da TV nos jogos da seleção de Honduras, tudo isso e outras histórias em belíssimas fotos documentadas por Pedrosa.

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