sábado, 14 de junho de 2008

1968, Terminou?

O livro de Zuenir Ventura, "1968", O ano que não terminou", é uma grande obra que conta o que aconteceu naquele ano de tão importante que o fez ser chamado por uns como o ponto inicial de uma época.
Quatro anos após o "Golpe militar", o ano de 68 começa com uma grande festa de reveillon e se desenrola com diversas manifestações estudantis e populares em várias partes do mundo. O famoso Maio de 68, na França, talvez seja um dos precursores para o despertar dos jovens brasileiros, mas não o motivo para as revoltas se tornarem tão avassaladoras.
Inconformados com os atos da ditadura após o golpe, os estudantes vão às ruas protestar contra o Estado. Essas revoltas se tornam ainda maiores após a morte do estudante Edson Luís. Os estudantes cariocas, revoltados, saem para protestar nas ruas de forma irracional, como arruaceiros, e entrou em confronto com a polícia . Fato que se repetiu muitas vezes durante esse período. Com ajuda de artistas e intelectuais, de forma organizada, os estudantes, liderados por Vladimir Palmeira, juntam-se aos populares e organizam a "Passeata dos 100 mil", um marco simbólico daquele ano.
Zuenir procurou se concentrar no 68 brasileiro, o que não deixou o livro tão completo. A morte de Martin Luther King e John Kenned revirou os americanos, gerando revoltas e batalhas como a ocorrida em Chicago. Graças a Luther King, os negros passam a ser vistos de maneira menos desigual e, hoje, podem ser vistosa disputando as eleições americanas.
As mulheres também tiveram sua vitória. A separação se tornou mais comum. Muitas mulheres eram devotas de seus maridos e, por isso, muitas vezes tinham de fingir que não viam a infidelidade de seus companheiros.A aparição de uma celebridade grávida na praia chocou o país e , daquele ano em diante, tal fato também se tornou mais comum.
O ano de 68 foi sofrido demais para terminar do jeito que terminou. AI-5 foi uma lástima para a nação. Ali, começaria a Ditadura Militar, que até então, pensávamos erroneamente estar participando. Ditadura essa que se extinguiria depois de quase duas décadas após o 13 de Dezembro de 1968.
A obra, que Zuenir escreveu brilhantemente, é um livro muito gostoso de ler. O desenvolvimento dos fatos é posto de forma bem detalhista, fazendo com que o leitor se sinta vivenciando a história do 68 brasileiro passo a passo.
Este livro, apesar de escrito em 1988, ainda é atual. O ano terminou, mas diversos fatos ocorridos naquele fantástico ano são refletidos nos dias atuais. Até quando isso durará? Talvez 68 nunca terminará.

De Mãos Dadas

Eu estava no terceiro ano do ensino médio quando ocorreu está história. Eu era um garoto muito esforçado e talvez por causa disso, era o representante da minha turma.Estava sempre estudando. Destacava-me tanto dentro como fora de sala.
Durante meus anos escolares, ganhei vários prêmios, graças aos meus amigos Guto e Lia. Guto era meu fiel escudeiro. Estava comigo durante grande parte do meu dia. Lia era a cabeça do grupo. garota muito esperta e inteligente, era a responsável pela criatividade do grupo. Nós também tínhamos uma afinidade muito grande.
Estava ocorrendo uma gincana na escola. O principal objetivo era unir a integração dos grupos junto a criatividade, conhecimento e atividades físicas. Duas equipes se destacavam na competição. A equipe da minha turma, "Mãos Dadas", e a equipe da turma do Bruno Mezenga, "Selvagens". Bruno era meu grande rival. Desde os primeiros anos no colégio, ele sempre aprontava para ganhar da minha equipe.
Na última prova da gincana, estávamos perdendo pela diferença mínima até descobrir que a equipe rival estava trapaceando. Eles foram desclassificados e nós fomos campeões.
Na festa da vitória, eu pedi Lia em namoro e ela aceitou. Todos comemoramos aquele dia, que ficará para sempre em nossas memórias.

Dia de Estrela

Era Quarta-Feira, dia de jogo decisivo na Copa do Brasil. O Corinthians ia enfrentar o Goiás pelas quartas-de-final do campeonato. No primeiro jogo o time do Planalto Central havia vencido por 3 a 1. Restava ao Timão ganhar de pelo menos 2 a 0.
Durante a semana, Diogo Rincón, meia do Corinthians, havia dito que era decisivo em jogos complicados. Mal sabia que sairia do estádio do Morumbi como herói da noite.
Cinqüenta mil pessoas estavam presentes nas arquibancadas. Cantavam e gritavam como loucos. Loucos pelo Corinthians. o Goiás entrou abalado em campo. Os jogadores pareciam bestificados com toda aquela multidão.
Bola rolando e, aos 4 minutos, após cobrança de escanteio, a zaga goiana afasta a bola, ela sobra para Fabinho que a recoloca na área aos pés de Herrera. Ele divide com o goleiro e, na sobra, Diogo Rincón fuzila para dentro do gol. A Fiel vai a loucura.
Diogo e seu parceiro Herrera estavam como Batman e Robin. Aos 16 minutos, André Santos toca para o parceiro de Rincón e ele deixa a pelota livre para seu fiel amigo estufar as redes novamente.
Toda a equipe esteve perfeita durante os 90 minutos, mas a dupla dinâmica parecia insaciável. No terceiro gol, Rincón e Herrera tabelaram com André Santos,deixando o terceiro cara a cara com o goleiro para marcar. O estádio tremeu como nunca neste ano de 2008.
Rincón não queria ser a estrela solitária da festa. Estava faltando o gol de quem tanto o ajudou. Herrera não perdoou: 4 a 0 para o Timão.Placar que, no final, contou mais como 8 a 1, devido a derrota palmeirense para o Sport por 4 a 1.
Numa noite que começou com vinho tinto, Rincón e companhia saborearam a mais doce de todas as uvas verdes. E cuspiram a casca.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Inevitável?

O filme "O preço de uma verdade", trata de um tema relacionado à fraude jornalística em que um repórter de uma grande revista de política e atualidades inventa notícias interessantes que impressionavam seus colegas.
Os feitos de Stephen Glass(Hayden Christensen), fizeram com que ele tivesse uma ascensão meteórica, passando a trabalhar para outras revistas conceituadas.
Casos como o de Stephen não são fáceis de se encontrar. Existem com certa freqüência o erro jornalístico e fraudes na informação. Acreditar em tudo que se lê e se vê, deixa a pessoa totalmente controlada pela mídia. Seria este o objetivo dos meios de comunicação?
Nosso protagonista foi muito esperto e tinha habilidade de lidar com as pessoas. Era comunicativo, educado e tinha um ótimo senso de humor. Mas ter talento não é tudo. É preciso, acima de tudo, ética e compromisso com a verdade.
O trabalho investigativo é incrível e saber se algum fato é verdadeiro ou falso não é difícil. Com a internet, podemos pesquisar em diversos sites e fontes a veríssidade da história. O desenvolvimento investigativo deste filme é fantástico. O descobrimento de uma série de notícias infundadas, leva o editor e os repórteres da revista a uma crise por um resultado: a verdade.

Vizinho de outro mundo

Em 1938, um fato interessante ficou mundialmente conhecido graças a Orson Welles. Em um programa de rádio, ele noticiou a invasão de extra-terrestres em nosso planeta.
Baseado no livro "Guerra dos Mundos", de H. G. Wells, Welles narrou durante uma hora em uma rádio nos EUA uma invasão que estava acontecendo simultaneamente. Durante a transmissão, várias cidades foram atacadas pelos invasores e pessoas teriam morrido. Welles disse antes e depois do programa que a história era uma ficção baseada no livro de H. G. Wells. Além disso, ele dava dicas aos ouvintes de que aquilo não estava acontecendo. Mesmo assim, muitas pessoas ficaram desesperadas e chegaram a sair de suas casas com medo do ataque. Estima-se que mais de 500 mil pessoas acreditaram na insinuação.
Até quando podemos ser influenciados pela mídia? Claro que fatos como esse dificilmente ocorreriam nos dias de hoje, pois com meios como a internet, é possível descobrir se o fato ocorreu.
Não é possível saber se tudo o que vemos é verdade ou mentira. A manipulação de notícias não é incomum e muitas pessoas são influenciadas pelos meios de comunicação. Precisamos ficar atentos e sempre procurar diversificar o que vemos, lemos e ouvimos para que não sejamos dominados.

Direito à Informação

Muitas pessoas perguntam se tal feito é certo ou errado, ético ou anti-ético. Depende do que este feito pode acarretar. Um repórter subornar fontes para conseguir um furo de caráter popular, mesmo que para isso tenha de omitir sua profissão é totalmente aceitável.
Em alguns desses casos descobrimos furtos, exploração de trabalho, quadrilhas e outros crimes.
Não é justo que pessoas mal intencionadas possam continuar passando por cima de nossa Constituição, aproveitando-se de forma ilegal sem que ninguém fique sabendo.
A função do jornalista é trazer para o seu público a informação que interessa de forma verdadeira. O que para muitos é anti-ético, para tantos outros é um ato heróico.